Não é de hoje que os líderes organizacionais enfrentam grandes desafios no que diz respeito a manterem suas equipes motivadas, colaborativas e acima de tudo felizes, afinal viver em um ambiente de trabalho feliz significa ter qualidade de vida.
Neste sentido vem se fortalecendo uma nova forma de liderar chamada “liderança orgânica”, este tipo de liderança, tem como preceito básico o entendimento de que cuidar do funcionamento da empresa significa cuidar das pessoas envolvidas, isso determinará o sucesso ou fracasso das equipes e a sustentabilidade dos relacionamentos corporativos.
Liderar de forma orgânica exige muita inteligência emocional e sensibilidade, pois diariamente os líderes se deparam com situações variadas que envolvem conflitos, interesses, emoções, traumas, expectativas, sonhos e outros sentimentos, afinal as organizações são compostas por pessoas, ou seja, organismos vivos, adaptáveis e imprevisíveis, que precisam ser nutridos para se manterem saudáveis.
A liderança orgânica consiste em pensar nas pessoas a médio e longo prazo, desenvolver as habilidades de cada um, considerando que os indivíduos são seres únicos e que precisam de um ambiente no qual tenham autonomia, interação nas tomadas de decisão e transparência, desta forma a automotivação será natural.
Ciente de que a responsabilidade de liderar vai muito além do ambiente da empresa, que é abrangente a vida das pessoas e muitas vezes até comunidade local, esse novo formato de liderança vem fazendo a diferença em muitas empresas que estão dispostas a terem os seus propósitos e objetivos ampliados para muito além da lucratividade, empresas que entendem que servir as pessoas e a comunidade local através da entrega de seus produtos e serviços é o primeiro plano objetivando o crescimento apenas de forma sustentável. Existem exemplos de grandes empresas que vem colhendo bons frutos desde que aderiram as iniciativas de administração e liderança orgânica, como a Natura, o Pão de Açúcar (atual GPA), a Unilever, os Doutores da Alegria entre outras.
Essa visão de responsabilidade social é uma forte tendência, pois na prática as empresas que ainda não aderiram aos novos formatos de gestão e insistem nos modelos tradicionais nos quais as pessoas são consideradas “recursos” para obtensão de lucro, estão colhendo altos índices de afastamentos por doenças de trabalho, falta de engajamento e alta rotatividade. Atualmente também vem crescendo o número de consumidores conscientes que preferem adquirir produtos ou consumir das empresas que se mantêm engajadas em projetos sociais, de proteção ambiental e sustentabilidade.
A liderança orgânica é o caminho para as empresas não existem somente para gerar lucro, mas tem um cunho social e um objetivo maior envolvido, que se preocupam com bem-estar da comunidade interna e externa na qual estão inseridas, onde ambas se desenvolvem simultaneamente.
Para mais informações sobre o tema indico:
Livro: Felicidade S.A de Alexandre Teixeira
Sara Viragini Luchesi
Coordenadora de Recursos Humanos na Wes Ergonomia e Saúde Ocupacional Economista pela Universidade Metodista de São Paulo